quinta-feira, 2 de setembro de 2010


Que eu não perca a capacidade de amar, de ver, de sentir.
Que eu continue alerta.
Que, se necessário, eu possa ter novamente o impulso do voo no momento exato.
Que eu não me perca, que eu não me fira, que não me firam, que eu não fira ninguém.
Livra-me dos poços e dos becos de mim, Senhor.
Que meus olhos saibam continuar se alargando sempre.

Caio Fernando Abreu

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